Criada por um mineiro, a imensa estrutura de metal desenvolvida por Alberto Santos Dumont ainda encanta e surpreende a humanidade por desafiar os ares com propulsão própria. Na mesma proporção de encantamento e admiração que as aeronaves, estão os profissionais que dominam as “aves de ferro” e que cortam os céus de Minas Gerias voando para salvar ou levando esperança para a população por meio do transporte de órgãos.
Isso é um pouco das ações do dia a dia dos profissionais da aviação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Nesta semana, mais especificamente no dia 23 de outubro, foi comemorado o Dia do Aviador, profissional que é reconhecido pela habilidade de encurtar distâncias.
Mas o que é necessário para se tornar um piloto do Corpo de Bombeiros? Quem nos conta é o Tenente João Paulo do Carmo. Para se tornar um piloto no CBMMG, o militar precisa ser formado no Curso de Formação de Oficiais e ser aprovado no concurso interno para o Curso de Comandante de Operações Aéreas. O curso é dividido em dois módulos: o primeiro conta com disciplinas operacionais de bombeiro militar e o segundo com grade curricular aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para realização da banca. O segundo módulo ainda é subdividido em dois cursos: Piloto Privado e Piloto Comercial. As aulas práticas de voo de cada um dependem da aprovação anterior à banca da ANAC.
Enquanto isso, os militares exercem a função de copilotos no BOA, seja em atendimento de ocorrências, transferências obter-hospitalares ou em apoio a transplante de órgãos. Para se tornarem comandantes de aeronave, devem atingir um mínimo de 500 horas de voo. Além de todas essas exigências, aos pilotos e copilotos da Unidade o sentimento de aprimoramento através de estudos, treinamentos e cursos deve ser inerente. Para fazer parte da Aviação, a busca pelo conhecimento deve ser constante, uma vez que isso contribui para a Segurança de Voo, um dos pilares da atividade.
*Otimizando o tempo do atendimento*
No dia 16 de outubro, foi realizado um impressionante esforço de resgate em Praião das Lages, no distrito de Milho Verde, Serro-MG. A Sexta Companhia Independente realizou uma operação de resgate de uma vítima que sofreu uma queda de altura em meio às rochas de uma trilha. A situação era ainda mais complicada devido à dificuldade de locomoção da vítima e à dor torácica que ela estava sentindo. O local do acidente era de difícil acesso, demandando uma longa caminhada até onde o ponto de socorro.
O sucesso dessa operação foi garantido pelo atendimento terrestre integrado ao suporte oferecido pelo Batalhão de Operações Aéreas do CBMMG. O atendimento clínico básico foi prestado à vítima, incluindo imobilização em maca envelopada, assegurando a estabilização da vítima para o deslocamento.
Em seguida, a vítima foi transportada pelo helicóptero do BOA permitindo assim, os cuidados médicos em uma unidade hospitalar no menor tempo possível. A habilidade e a rapidez das equipes de resgate, colaboram fundamentalmente para aumentar as chances de vida e a recuperação da vítima.
*O BOA*
O Batalhão de Operações Aéreas foi criado em 20 novembro de 2006 e iniciou suas operações em novembro de 2007, surgindo com a importante missão de ampliar a capacidade do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais no atendimento à população.
Atualmente, o Batalhão de Operações Aéreas conta em sua frota com 5 helicópteros e 1 avião, capazes de acessar os pontos mais remotos do estado de forma rápida, eficiente e segura.
O Batalhão de Operações Aéreas, nesta semana chega a marca de 14.203 horas voadas, nas quais 5.223 pessoas foram atendidas.
Em 2020, com 4 bases aéreas, o BOA atendeu 1.141 pessoas em 379 cidades diferentes no estado, mostrando o dinamismo e a rapidez do serviço aéreo para levar um atendimento de excelência aos cidadãos mineiros, independente da distância em que eles se encontram.